domingo, 9 de junho de 2013

Na batida do coração

São milhões de sentimentos num refrão só.

Música também pode se tornar parte da sua dieta quando você sabe para o que ela serve, no momento certo. As doses certas de estilos corretos podem tirar seu pensamento do mundo, do trânsito, da caminhada, da leitura, de qualquer ação que esteja fazendo, e te levar para outro espaço da memória. Perto de um dia, de um cheiro, de um lugar que já passou ou que ainda quer passar mas não sabe bem onde é ou está. Não dá aquela vontade de abrir as janelas e berrar alto de tão forte que toca lá dentro da gente?

Dentro da gente é que está a batida perfeita.

Canções sejam elas de tamborins a guitarras, o sentimento que nos traz é só nosso. Peculiar, são fotografias. São lapsos de algo que só você sabe traduzir em versos, sorrir, chorar. Elas não se vão, não morrem, não envelhecem, não cheiram poeira, não são fora de moda, não interessa em que ano foram lançadas. Se eram vinis, se eram discos, CD, mp3, se hoje não são tocáveis mas apenas audíveis. O significado continua sendo o mesmo e é aí que está a delicadeza das notas.

Ouvir o mais alto possível é gritar lá dentro. Dá para abrir os vidros, ou dá para fechar as portas. Dá para enfiar um fone o mais perto possível do seu tímpano e o set list te fazer correr uma maratona inteira. Dá para regar jarras quando doem, dá para sorrir quando estão próximas do futuro. Sabe, aquele que a gente conduz na batida do significado.

É um sambinha que te carrega
É um rock que te liberta
É um pop que te desperta
É uma mpb que te acalma
É um funk que te ri
É um heavy que te grita
É um clássico que te introspecta




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